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Agricultores e agricultoras de diversos assentamentos rurais do Incra-PB de microrregiões da Paraíba estiveram participando de uma capacitação sobre criação de abelhas nativas, também conhecida como meliponicultura, em evento promovida pela Coonap, Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção e que aconteceu no auditório daquela cooperativa que tem sede no Bairro Prata, em campina Grande.
O evento aconteceu no último dia 28 de julho, faz parte de um
trabalhado permanente e continuado junto a esses agricultores e agricultoras
que já participaram de diversos momentos, dentre os quais um encontro de
intercâmbio acontecido no Assentamento Socorro, município de Areia, conhecendo
a experiência do agricultor Geraldo Trajano que iniciou com poucas caixas e
hoje já contabiliza cerca de 400 caixas de abelhas nativas, também conhecidas
como abelhas sem ferrão.
“Faço uma avaliação positiva, para nós é de muita importância e
é só querer. Nós participamos de uma visita lá no Brejo, lá a abelha é uruçu é
nossa realidade já é outra, porque temos um clima mais quente e a abelha e se
criar é a jandaira, então desde criança que mecho com abelhas, mas não sabia
ativar e produzir mais enxames, no caso aproveitar os enxames que já estão
produzindo e fazer multiplicação e vim para aprender e fazer como faz o
agricultor seu Geraldo que começou quatro caixas de abelhas e hoje já vai em
quatrocentas. Ele aprendeu a multiplicar e se a gente não aprende, as abelhas
morrem de velhas sem que a gente renove e faça multiplicação”, comemora dizendo
que a vida das famílias assentadas vem passando por importantes mudanças desde
que passou a receber a assessoria técnica e social da cooperativa financiada do
incra-PB. “Hoje fazemos a diferença entre ter ou não ter acompanhamento da
Coonap, porque a gente começou lá só, só tinha Incra, a dificuldade era grande
porque o Incra não tem técnicos assim para estar em assentamentos, e com a
Coonap desenvolveu bastante o assentamento e melhorou muito, então a Coonap é
uma grande parceira”, explica o agricultor Celso Ferreira de Souza, residente
no Assentamento Cachoeira Grande, município de Aroeiras, no Baixo Paraíba.
“Eu faço uma avaliação muito boa, é uma experiência nova pra mim
e pra os outros participantes também já que é uma nova atividade que a gente
está querendo se inserir nela e acredito que vai dar certo, dependendo do
interesse de cada um, a equipe está fazendo a parte dela e nós a nossa e faço
uma avaliação importante desse encontro”, comenta o agricultor Jerônimo Sampaio
de Araújo, residente no Assentamento Serra do Monte, município de Cabaceiras,
Cariri Oriental. Ao dialogar com nosso público ouvinte, aquele agricultor
explicou que participou do intercâmbio promovido na propriedade do agricultor
Geraldo Trajano, no Assentamento Socorro, em Areia, e tem como espaço de ganho
de conhecimentos, perspectivas e esperanças.
“Achei um trabalho muito interessante, ele faz um trabalho muito
bem feito, não só com a criação das abelhas, mas também pela preservação do
meio ambiente porque tem que incluir as duas coisas que é a preservação com a
criação das abelhas e o seu Geraldo está de parabéns juntamente com a família,
um cara que começou com poucas abelhas e hoje tem mais de quatrocentas(caixas),
sendo o maior criador de abelhas sem ferrão da Paraíba, achei muito
interessante e acredito que será um espelho para outros criadores”.
“Bom demais, é mais uma coisa que estamos aprendendo e é uma
continuidade dentro desse projeto que a gente veio fazer aqui nesse curso e ao
chegar lá, se deus Quiser, vamos fazer um bom proveito e fazer uma coisa melhor
pra região”, comemora o agricultor José Vital Pereira, residente no
Assentamento Cachoeira Grande de Aroeiras. Ele também visitou a criação do
agricultor Geraldo, em Areia e garante que tem expectativa de fazer criação da
meliponicultura dentro da diversidade da agricultura familiar naquele
assentamento rural.
“Foi bem interessante, a gente trabalhou só com produtores que
estão na atividade, então os resultados são satisfatórios, quando a gente pega
um público que já é criador, então os resultados são bem mais satisfatórios do
que o pessoal que ainda não tenha afinidade com a coisa, acho que essa coisa
vai realmente funcionar”, explica o componente técnico da Emepa, Empresa de
Pesquisas Agropecuárias da Paraíba, Leon Denis Batista do Carmo, que vem
repassando conhecimentos sobre a criação de abelhas. “Fizemos primeiro o
intercâmbio para mostrar a eles a viabilidade da atividade tendo como exemplo
um agricultor lá em Areia que é o maior do estado hoje, e hoje a gente
trabalhou mais a parte teórica, mostrando a importância da atividade, os
produtos que as abelhas oferecem, como criar, o que são as abelhas na parte da
biologia, então hoje foi mais uma parte introdutória para a gente fechar essa capacitação
com a parte técnica e prática!, explica se reportando a um próximo momento que
acontecerá no Assentamento Cachoeira Grande de Aroeiras.
“A avaliação até o presente momento é bem positiva porque essa
capacitação surgiu dentro da dificuldade que os assentados têm, eles já
trabalham abelhas sem ferrão, já criam, mas de forma empírica, então dessa
necessidade de aperfeiçoar, de aprender o manejo sustentável das abelhas foi
que nós promovemos esses eventos, estamos no meio do caminho, até hoje a gente
fez o intercâmbio, agora a parte da teoria e o próximo encontro de encerramento
vai ser a parte prática onde eles vão confeccionar as caixas de abelhas, vão
transferir os cortiços para as caixas para que possam ser feito o manejo
sustentável e vão estar se aperfeiçoando em relação as patologias, as doenças
que aparecem nas abelhas, como proceder nas questões das assepsias e limpezas
das caixas das abelhas e o objetivo maior é que eles possam ter uma renda a
mais dentro da agricultura familiar com essas abelhas”, evidencia a engenheira
florestal da Coonap e coordenadora da atividade, Aline Valéria Sousa de
Medeiros.
Fonte:
Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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