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A Justiça
Federal suspendeu a divulgação, prevista para esta segunda-feira (10), dos
estudantes pré-selecionados para novos contratos do Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) para o segundo semestre.
– Essa suspensão nos preocupa, o Governo Federal comete
uma sequencia de erros gerenciais que ocasiona essa suspensão e por
consequência prejuízos incalculáveis ao inscritos- lamentou Efraim Filho.
“O show de trapalhadas no FIES começou com o Governo
Federal tentando limitar os reajustes das universidades para que os estudantes
pudessem renovar seus contratos, depois estabeleceu prazos para essas
renovações prejudicando milhares de estudantes, depois os impedimentos para que
os graduados tivessem acesso ao programa, agora surge à falta de critérios para
distribuição das vagas entre as universidades, mais um entrave por parte
daqueles que dizem defender uma pátria educadora”. Reclamou Efraim Filho
-Estamos acompanhando de perto esses impasses envolvendo
o FIES e como deputado federal, vou continuar cobrando do Governo Federal, do
Ministério da Educação uma solução urgente para mais esse entrave envolvendo o
FIES- concluiu Efraim Filho.
A decisão liminar (provisória) foi proferida nesta
sexta-feira (07) a partir de uma ação movida pelo grupo Anima Educação, dono
dos centros universitários UNA e UNI BH, de Minas Gerais, e São Judas e
Unimontes, de São Paulo.
No pedido de suspensão, o grupo questionou o critério
adotado pelo Ministério da Educação para distribuir as vagas entre as
instituições de ensino, apontando “inconsistências e desigualdades”, já que
cursos com avaliação inferior nas mesmas cidades conseguiram mais postos que
outros de qualidade superior.
Na decisão, o juiz Francisco Renato Filho, da 15ª Vara
Federal em Brasília, registrou que um curso de engenharia da Anima com conceito
4 (em nota que varia de 1 a 5) conseguiu 20 das 90 vagas solicitadas, enquanto
uma concorrente com conceito inferior obteve 46 vagas.
“Tratando-se de política pública financiada por recurso
público é absolutamente necessário que os interessados diretos (instituições e
alunos) e a sociedade como um todo conheçam, não apenas os critérios de
seleção, mas, também, como eles foram aplicados ao caso concreto, já que, em
princípio, parece que os critérios não foram objetivamente observados”,
escreveu o juiz na decisão.
A suspensão vale até que o Ministério da Educação, que
coordena o processo de seleção do Fies, esclareça qual o critério utilizado. A
Anima argumenta que uma portaria da pasta definiu como critério a qualidade dos
cursos para a distribuição das vagas.
“Ao invés de alocar as vagas nas instituições de melhor
desempenho e cursos melhor avaliados, eles não obedeceram esse critério. Deram
mais vagas, na mesma cidade, no mesmo curso, para instituições de ensino com
avaliação pior. Aconteceu geral, em todo o país, isso em prejuízo dos alunos,
não só da Anima”, disse .
Na ação, o grupo Anima pede ainda que o MEC refaça a
distribuição de vagas, o que ainda não foi decidido pelo juiz. Procurado através
de sua assessoria de imprensa neste sábado, o Ministério da Educação não
respondeu às ligações.
As inscrições para 61,5 mil novos contratos do Fies
ocorreram entre os dias 3 e 6 de agosto. Nesta segunda (10), com o resultado da
seleção, os alunos teriam até o dia 13 para concluir o processo de contratação
do financiamento.
MaisPB
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